Um poema e uma fotografia - parte XII

Um poema e uma fotografia

Um poema e uma fotografia


Tudo na vida são escolhas
muitas vezes, dolorosas e sacrificantes;
Mas necessárias!
Boas ou más?
Tal qual a liberdade, presa nas amarras da sociedade,
decisivas ou nem por isso mas, escolhas.

Do pântano ao pânico
é assombroso cada segundo mas necessário!
Sonhos; estabilidade; agir; assumir …
correr, andar, sonhar …
“Liberdade de escolha, prisioneiro das escolhas”
Pablo Neruda, um livro, dois livros
três palavras e quatro versos!

Um bolo, um medronho
a cafeína faz mal.
Um livro no meio da biblioteca
estimula escolhas  
no jardim das camélias
com necessidades de rega.

E a água chega lá?

Einstein fez contas na relatividade;
Camões no jardim das palavras;
Pessoa no ser da flor e do sentimento e cheiro.
E nós?
Satisfação na erosão das escolhas necessárias.

Objetos? Têm forma!
Flores? Têm cheiro!
Pão? Tem sabor!
Sensações? Têm cor! Uma rosa; Uma laranja;
Outra saborosa; Outra, um bem-estar!

Mudar de foco, muda o foco,
é a escolha imediata
na insatisfação da sensação
do sabor das flores, do cheiro dos objetos,
da forma das sensações, na escuridão da cor no final do túnel!

Rotinas, convicções, anulações!
É erro na admissão de ar,
e o motor pára!
Íntegros na correção
certos na escolha
cautela nas consequências  
realista nas necessidades.

O barco flutua de proa a ré,
sem norte na bússola da ancora
sem corrente que a suporte
nas repetidas marés de ondas invisíveis
e nelas, surfar até outro navio submerso.  

Orgulho na persistência emocional e racional
orgulho na coragem de ser ou fazer
orgulho na escolha de parar no tempo
orgulho na mudança necessária.

Orgulho na escolha? Não!
Orgulho na coragem de ter ficado!

Paulo Brites

Esta publicação foi originalmente publicada em https://paulobrites.blogs.sapo.pt/

Enviar um comentário

0 Comentários