Reguengos de Monsaraz, o Covid e a água - Um exemplo de como nos vão aos bolsos


Vamos lá então perceber o que se passa em relação às faturas da água em Reguengos de Monsaraz. É simples!

Os serviços municipais e devido à pandemia do Covid-19 não realizaram as devidas contagens nos tão famosos contadores de água, a que o caríssimo presidente da autarquia, José Calixto, fez questão de enaltecer no passado mês de Agosto. Como um, dos indicadores, da “grandeza” do povoado.    

A contagem foi então realizada em final de Agosto. Até lá, a cobrança era feita por estimativa. Por baixo é claro e, na maioria dos casos, menos de 5 metros cúbicos (para não passar para um escalão superior). Não se poderia assustar os munícipes e teriam que passar a mensagem, que a Camara Municipal, estava a ajudar, quem por confinamento obrigatório, não teria euros para pagar.


Reguengos de Monsaraz, o Covid e a água -Um exemplo de como nos vão aos bolsos 


E assim foi. Como é lógico, e com a contagem real, o consumo de água efetivo, foi alto. Os serviços municipais, como é da sua competência, trataram da faturação. Ora o que com facilidade e tendo em conta a forma de taxação da água no concelho, os valores iriam disparar brutalmente. Foi o que aconteceu. Todos os munícipes, receberam faturas, o mínimo com o dobro do valor que é normal. Em alguns casos, não foi o dobro. Foi mesmo o triplo ou o quádruplo. Mas porquê? É simples!

A água em Reguengos de Monsaraz e para utilizadores domésticos é cobrada nos seguintes escalões:

  • 1º escalão - consumo entre 1 e 5 metros cúbicos - 0.44 euros metro
  • 2º escalão - consumo entre 6 e 15 metros cúbicos  - 0.96 euros metro
  • 3º escalão - consumo entre 16 e 25 metros cúbicos - 1.95 euros metro
  • 4º escalão - consumo superior a 26 metros cúbicos - 2.45 euros metro
  • Mais as devidas taxas e taxinhas que estão e eles indexadas

Assim sendo e porque não existiu por parte dos serviços municipais a devida atenção, nem a correção necessária, o resultado foi um aumento considerável do valor a pagar. Deixo um simples exemplo de como nos vão aos bolsos de forma simples. 

Um consumidor que gaste 12 metros cúbicos de água, e que todos os meses a leitura seja feita, pagaria pela mesma: 

  • 5 metros a 0.44 euros
  • 7 metros a 0.96 euros
  • mais as devidas taxas indexadas;

Como a leitura não se realizou e depois dos acertos, a fatura de Agosto contemplou a totalidade do consumo, sem que o mesmo, tivesse em atenção os meses de atraso na sua contagem. 

Sendo assim, os munícipes viram o seu consumo atualizado. A mesma família que consumia 12 metros cúbicos por mês, tendo pago somente 4 de estimativa durante o confinamento, subiu nos escalões de pagamento. Um exemplo: 

  • Mês de Maio pagou 4 metros (menos 8 do que o normal);
  • Mês de Junho pagou 4 metros (menos 8 do que o normal);
  • Mês de Julho pagou 4 metros (menos 8 do que o normal);
  • Mês de Agosto pagou 4 metros (menos 8 do que o normal);
  • Em resumo: pagou menos 32 metros … 

Com o acerto da contagem, a fatura de Agosto, dá os seguintes valores, enquadrados nos escalões: 

  • 5 metros a 0.44 euros; 
  • 10 metros a 0.96 euros;
  • 10 metros a 1.95 euros;
  • 7 metros a 2.45 euros;
  • mais as devidas taxas indexadas.

É simples como se tratam as coisas neste município … e quem paga? Os mesmo de sempre! 

Estou convicto que o responsável, como é apanágio seu (risos), venha a público, numa televisão qualquer, pedir desculpa e dizer que irá solucionar tão mal entendido. E claro, reforçar que a culpa disso tudo é do concelho de Bragança (com o devido respeito) porque aqui, nunca há culpas … 




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