No Ar Que Eu Respiro
No ar que respiro, há um doce alento,
que me traz o prazer de existir em mim,
é leve o fado, e, no instante, é um fim,
de ser quem sou, no meu próprio momento.
Em cada sopro, há um mundo que invento,
no breve soprar do nada sem fim,
de estar onde estou, basta-me assim,
ser pleno no ser, no vazio atento.
Sou quem me descubro no breve existir,
o mundo é tão vasto quanto o meu sentir,
no vento que toco, no sopro a fluir.
Não procuro além do que a vida me dá,
pois tudo é tanto, e o tanto é tão breve,
que no ser e no estar, repousa o lugar.
Paulo Brites
Jan/2025
Barcelona - Espanha - Paulo Brites Poemas
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