Se discordas de alguma coisa, és inimigo! Fará isso sentido?

Se discordas de alguma coisa, és inimigo! Fará isso sentido?

Os tempos que “correm” e que vivemos, não estão a ser muito fáceis de lidar. Regressámos à mentalidade do início do século passado, em que, tal como na 1º grande guerra, a estratégia das trincheiras, parece que é, a que está a levar a melhor. Dentro das trincheiras, estão os bons. Fora delas, o inimigo. 


Se discordas com alguma coisa, és inimigo! Se defendes a polícia (como foi o caso recente em Portugal) és fascista. Se dizes e emites uma opinião sobre a sociedade e ou politica, se a mesma não vai de encontro ao pensamento de esquerda, estás fora das trincheiras. Portanto, és inimigo. O mesmo acontece, do lado direito. Se defendes menos Estado, és um liberal irresponsável. Se dizes que o Estado deveria “meter mão nisso ou naquilo” és um comunista ou radical de esquerda …

Se discordas de alguma coisa, és inimigo! Fará isso sentido?


Ao longo dos últimos anos, este radicalismo (de esquerda ou de direita) tem vindo a ganhar terreno e a ser mais notório. A linha que os separa, é invisível! E é invisível, porque não há linha que os separe. São iguais! Não há radicalismo bom!

Cada vez mais na discussão pública, os factos em si, parecem importar pouco para o juízo que se faz deles. Mais importante que os factos, é quem os pratica. E isto não se aplica apenas a um “grupo” ou a um “lado”. É cada vez mais geral. Exemplos não faltam.

Há uns tempos atrás, a obra literária de Enid Blyton foi retirada das escolas em Inglaterra. Supostamente, por ser elitista, sexista, racista ou xenófobo. O filme “E tudo o vento levou” foi censurado por uma rede de cinema on-line, por ser racista …

Não se luta pela questão humana, mas sim, por raças. Se se mata um homem de cor negra, é racismo! Se for um branco, é violência! Se defendes a bandeira da tua Pátria, és de extrema-direita. Se a queimas, estás a lutar por direitos sei lá do quê! Se te referes a alguém com um nome de dois géneros (por exemplo Porta-Voz) mesmo utilizando o artigo correto, e que os diferencia, és machista ou feminista …

Estamos a chegar ao ponto, em que alguns, até a história querem rescrever! Não se queira mudar a história! Ela serve, para que, com ela, possamos crescer, aprender e, não cometer os erros do passado! Tudo tem o seu enquadramento. Se o retiramos desse enquadramento, é absurdo e não faz sentido!

Mas afinal, que caminho queremos? Para onde caminhamos? Com que valores? Com que ações?

Verdade … não sei! Somente sei, que não estou em nenhuma trincheira! 


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