O povo ignora a sua função política

O povo ignora a sua função política


Antes de mais, as minhas palavras não são de apoio ao partido A, B ou C. São somente a constatação de um facto. E o facto é simples! Os portugueses de forma geral, estão afastados da política. O que não deixa de ter a sua lógica entre aspas. É um “mundo”, que está, cheio de submundos. Muitos interesses, muitas “jogadas”, muita hipocrisia. Se sempre foi assim? Não sei! A história diz-nos que sim.


De forma geral e, incluindo, aqueles que têm participação ativa, muitos são, os que, não sabem nada das ideologias que defendem. A população, na sua maioria, vota ou critica, pela cara, pela simpatia, por estigmas criados em lutas partidárias.

O povo ignora a sua função política


Nunca fiz ou se fez (pelo menos eu não tenho conhecimento) um estudo ou sondagem, sobre o conhecimento politico português. No entanto, os sinais que vou vendo e lendo, por exemplo, nas redes sociais, demonstram, o pior, que uma sociedade pode ter e permitir. Acusações, difamações, ofensas, fake news … enfim, um pouco de tudo. Cada um puxa a brasa á sua sardinha, sem saber, distinguir a sardinha do carapau.

Já não se leem os programas eleitorais, são muitas letras. Não se lê o que cada partido político diz que defende ou quer para o País. Ninguém debate. Ninguém ouve. Vota-se por votar. Vota-se por uma ou outra questão mais populista ou mais conservadora.

De forma geral, já ninguém sabe o que é o marxismo, comunismo, socialismo, social-democracia, liberalismo, democracia cristã, fascismo. Impera a total falta de conhecimento. A incapacidade de ler os programas eleitorais, porque, para além das muitas letras e palavras que contêm, é maçador. Claro, ainda existe um problema maior, a incapacidade de raciocínio e de gerar opinião própria.

Resumimos a política em Portugal em dois lados: Esquerda e Direita. Esquecendo que não é bem assim. Há coisas boas nas tendências de direita tal como, na esquerda, também o há.
A par disso, a sociedade civil, ignorou e ignora por completo o seu papel: votar e fiscalizar. Um povo que não vota e fiscaliza os seus governantes, acabará de certeza, debaixo de uma ditadura e, oprimido.

Um País sem oposição governamental, não produz, boas medidas. É tão importante quem governa, como quem faz oposição.

Nos últimos tempos, temos tido o exemplo disso! Algumas ações, estão próximas, de um poder absolutista. Já houve alguns sinais claros de intromissão na separação de poderes. Um bom exemplo disso, foi o que aconteceu hoje na Assembleia da República. O governo, de forma clara, ultrapassando o seu presidente, tentou, interferir, nos debates e nas matérias em discussão.

É de lamentar que assim tenha acontecido. Ainda mais, porque era e é, um assunto muito sério e necessário alterar e regular. Não que todos os políticos sejam corruptos, mas verdade, a sua maioria vão dando provas e sinais que sim.

Não deverá existir grande debate na sociedade civil sobre este acontecimento. O povo não fiscaliza. O povo não sabe nem tem interesse nisso. O povo ignora a sua função política. O povo deixou de ser aquele que mais ordena.

Para os interessados, e que lhes tenha passado ao lado, deixo aqui um link que poderão ler e, claro, produzir a sua ideia e opinião sobre isso.

Um abraço a todos    


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