Mas afinal, porque se fala tanto no lar de Reguengos de Monsaraz? Nada se passou!

 


Durante os últimos meses, não emiti qualquer opinião sobre o lar de Reguengos de Monsaraz. Não que não a tenha! Claro que a tenho! E é bem clara! No entanto, optei por não o fazer publicamente. E optei pelo silêncio, porque, não é sobre pressão e, não é nesses momentos de crise, que deveremos, muitas vezes, falar sobre o que não se conhece na sua totalidade.

O momento, era outro! O momento, seria AJUDAR. E há muitas formas de ajudar! Começando logo por não criticar de forma destrutiva. Ou mesmo, não “gritar” muito, sobre a realidade. Deixando espaço para quem tem que, ele sim, resolver seja o que for. Concordando ou não, nada iria contribuir mais ruido, críticas ou seja o que for. Os idosos, não só mereciam isso, como era isso, o essencial – salvá-los. 
  
Partilhei algumas notícias vindas da comunicação social. Partilhar uma qualquer notícia da comunicação social não significa que seja a nossa opinião. Tal como, a comunicação social, somente deveria (que infelizmente não faz) cumprir o seu papel de forma isenta: dar a notícia, deixando a opinião, para quem a lê!

Mas afinal, porque se fala tanto no lar de Reguengos de Monsaraz? Nada se passou! 


Mas voltando ao lar de Reguengos de Monsaraz, onde está a dúvida? O que é que não se percebe? Creio que todos percebemos! Uns falam porque estão contra a cor Rosa. Outros, porque defendem a Rosa. Ainda há outros, que estão debaixo de simples ameaças, pessoais e profissionais. Há também aqueles, que falam, porque não conseguiram ocupações ou favores, do e no, “jardim”. Há de tudo! Mas, defender, os idosos, são poucos. E ainda menos, são aqueles, que dizem (embora em silêncio defendam) que se deveria investigar e punir culpados, caso eles existam. 

Nas redes sociais tenho visto de tudo! O que também é normal. Cada um opina conforme os seus interesses e, defende ou ataca, não ideias, não soluções, não realidades, mas sim, interesses!

O que aconteceu no lar em Reguengos de Monsaraz, acontece, no País inteiro! Existe uma enorme, para não dizer gigantesca, promiscuidade entre o poder politico e o resto. É reflexo da sociedade e país que temos. Do excesso de Estado em todas as áreas e domínios. Claro que isso, dá sempre o mesmo resultado. Não há fiscalização isenta. Os profissionais não são selecionados pelas suas qualidades e capacidades. Os critérios de seleção e fiscalização, são maçónicos. 

No caso particular do lar em Reguengos de Monsaraz, é no entanto, um pouco diferente. Os seus estatutos e por vontade da sua fundadora, o diretor, é o Presidente de Câmara ou um ex-presidente. Até aí, não vejo mal ao mundo. Certo que um presidente de câmara terá mais que se preocupar, do que, com a gestão de um lar. No entanto, como diretor, deveria, ter um pouco mais de cuidado, na seleção, de quem e a quem, delega poderes. Também é do conhecimento geral, que essa capacidade no caso concreto, tem as suas particularidades. Agravadas, pelas particularidades nacionais. 

Tudo falhou! Mas a falha maior, é o medo, receio e práticas de retaliações por parte de quem manda. Diria que, encaixa, na definição de ditadura e práticas autoritárias. Claro, sou eu somente a falar. Afinal, o Rosa não é vermelho, nem preto, nem azul, nem amarelo. A liberdade, foi reposta em 1974, e todos aqueles que a atacam, são fascistas ou comunistas. Nunca deveremos meter em causa, tão nobre valor, muito menos, se ele for de um belo jardim! Por isto, quem se mete com eles, papa-as … 

Só assim é possível ver comentários do tipo: 

- Tire de lá o seu pai. É fácil
- Aí está a iniciar-se a campanha eleitoral, autárquica ...
- Meu deus tanta injustiça o lar de Reguengos pode não ser perfeito mas o que na nossa vida é perfeito?
- Os familiares que reclamam que me desculpem mas se não gostam dos cuidados aferidos aos seus idosos que os guardem eles próprios em casa para ver o que custa … 

E é assim, os médicos são uns filhos da puta, que só dizem mentiras. Os enfermeiros, são outros iguais. Só gente sem cabeça! Que dizem injúrias a quem dá o seu melhor e é, da mais elevada competência! Mais, grandes defensores da liberdade e opressão popular. 

Afinal, só morreram 16 velhotes! Uns á fome, outros á sede. Afinal, para quê ter registo da medicação e do histórico clínico de cada velhote? Eles têm direito á proteção de dados, a lei até o defende. 

Para quê falar mais sobre o lar de Reguengos de Monsaraz? Afinal, o falar, é que não é normal. Afinal, o pedir responsabilidade, é que não é normal. Afinal, querer fazer justiça, é que não é normal. Então, para quê quebrar a normalidade? Quem a quer quebrar, é um desordeiro! Que para além de ser desordeiro, é completamente irresponsável, só sabendo criticar de forma gratuita. Na linguagem popular, para que todos percebam, é um cabrão e um filha da puta! 


Beijocas a todos 



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