Poema ao Alberto, ao Álvaro, ao Ricardo e ao Bernardo

 
Poema ao Alberto, ao Álvaro, ao Ricardo e ao Bernardo


Poema ao Alberto, ao Álvaro, ao Ricardo e ao Bernardo


Que me dizes, Pessoa, desta estrada,
de ideias feitas e vozes sem rosto?
Aqui, onde o verbo é sempre exposto
e a verdade se quer toda afirmada?

Que me importa o sentido ou a certeza
se o que procuro é o nada que é meu?
Tu, Pessoa, és livre, és o que sou eu
quando fujo de mim e da aspereza.

Mas quem sou eu, se em cada ilusão
vivo num outro que inventa a verdade
e me entrega ao vácuo e à solidão?

Ah, mas talvez o vazio seja tudo,
e o sentido que falta é liberdade
de ser, sem ser, um sonho mudo.

Paulo Brites
Out/2024

Nazaré - Portugal - Poemas - Paulo Brites

Enviar um comentário

0 Comentários